Sebastião Guimarães Silva foi o sexto filho de José Pedro Ferreira da Silva e Delfina de São José, os pais de Zarico. Nascido em 21 de março de 1922, faleceu em 29 de agosto de 1996, com 74 anos, 5 meses e 8 dias de idade.
Sebastião entrou para o exército ainda jovem e foi reformado como Tenente.
Servindo em Caruaru, Pernambuco, conheceu Erenice Cursino (Nicinha) com quem se casou ainda como militar. Tiveram dez filhos.
Seu casamento foi marcado por uma circunstância curiosa. Se o enlace acontecesse até determinado tempo antes da baixa no exército, a esposa também teria direito à passagem de volta para a terra de origem: de Pernambuco para Patos de Minas. Mas para se alcançar esse tempo, ele cometeria uma infração disciplinar no exército, passível de dez dias de detenção. Ele se casou e, espontaneamente, levou a certidão de casamento ao chefe, comunicando ter cometido a infração e se sujeitando à penalidade disciplinar. Foi a única falta disciplinar dele em todo o tempo de exército, um pouco mais de cinco anos. Mas, quando se reformou, Nicinha também teve direito à passagem.
Posteriormente, mediante concurso, tornou-se funcionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrando a carreira como Agente Regional em Patos de Minas.
Nas horas de folga no serviço Sebastião elaborava plantas de casa que precisavam, obviamente, de assinatura de um engenheiro. Era remunerado para isso, mesmo que de forma bastante irrisória, mas de grande valia, pois era um complemento salarial para a manutenção de sua numerosa família.
Depois de aposentado montou uma fotocopiadora, a primeira e por muito tempo as única em Patos de Minas, onde trabalhou até poucos dias antes de sua morte, no dia 29 de agosto de 1996.